Artigo: O populismo elimina sonhos

Vargas sempre foi tido por muitos como o grande modelo de populismo em nosso país
Estudiosos, pesquisadores e economistas indicam os Governos de Juan Domingos PERON, na Argentina e Getúlio Vargas, no Brasil, como o início da aceleração do populismo na América do Sul.
Lá e cá nossos líderes tornaram-se, através da didática populista, os pais dos pobres e verdadeiros deuses. Os métodos utilizados foram os mesmos: aumento do salário-mínimo acima da inflação, crédito farto, estatização e nacionalização de multinacionais, obras faraônicas, transferências de rendas sem fim, direitos trabalhistas acelerados, república sindicalista, política do pão e circo e divisão da nação entre o BEM (povão, descamisados, pés descalços) e o MAL (empresários que davam emprego, elite colonial, os contrários ao regime).
Os resultados, todos conhecem.
Já se disse que ser político popular é fácil: é só não tomar medidas que desagradam a quem quer que seja. Difícil mesmo é tomar medidas impopulares e necessárias para o bem da nação e isto o populista não faz.
Na verdade, o líder populista procura estabelecer laços emocionais com o povo em detrimento de laços racionais, ou seja: emoção sim; razão não! Por isto o populismo é uma farsa e, realmente, muito pior que o comunismo, marxismo ou qualquer outro regime político já experimentado mundo afora. Pior ainda é que o populista usa de todos os meios possíveis para promover a sectarização da nação e, com isto, cria conflitos entre os povos irmãos.
O político populista, ao prometer e promover despesas sem saber de onde virão os recursos e se serão sustentáveis ao longo do tempo, elimina sonhos de melhoras por esforços próprios (estudar, inovar, promover, empreender) e promove o atraso de uma nação.
Ora, a noção de que a nação tudo pode, que o país é rico, que a culpa do atraso é de quem dá e promove emprego (empresários) funciona como um desestímulo ao preparo para o futuro, incentivo à pobreza e à desordem social. Por tudo isto, o populismo é uma praga nas nações. Infelizmente, estamos impregnados e contaminados.
Aplaudir, pois, nossos últimos gestores públicos dos últimos anos, pelo esforço que fizeram para corrigir os rumos do nosso país é um dever das pessoas de bem que pensam num Brasil melhor. As reformas do Ensino Médio, da Legislação Trabalhista que contemplou a Terceirização, a Convalidação dos Incentivos Fiscais dos Estados, da até então, injusta Previdência Social e as propostas de reformas da Legislação Fiscal e Administrativa (ainda sem sucesso) são meritórias. Merecem nossos aplausos.
Palmas!... (Moacir Melo)