Google une IA e bioquímica para rastrear desmatamento ilegal na Amazônia

Projeto é parceira da big tech com a ONG The Nature Conservancy
O Google Brasil anunciou que vai usar inteligência artificial (IA) e bioquímica para identificar madeiras comercializadas ilegalmente a partir da Amazônia e rastrear sua origem. O projeto é uma parceria com a organização não governamental The Nature Conservancy (TNC) e se chamará “Digitais da Floresta”. O objetivo final da ação é dar suporte para autoridades e até para os consumidores finais descobrirem se o produto adquirido é autorizado ou foi retirado de forma ilegal.
Digitais da Floresta: o projeto
O projeto do Google e da ONG TNC pretende entregar mais dados que possibilitem desvendar a origem da madeira;
A ação vem em um cenário em que, segundo um estudo feito pela Rede Simex, em 2020, 40% da extração de madeira na Amazônia não é autorizada;
O projeto é encabeçado pelo Google.org, o ramo de filantropia da companhia;
A organização cedeu uma equipe de 13 funcionários para trabalhar de maneira pro bono durante seis meses para o “Digitais da Floresta” com a TNC;
O time de profissionais inclui especialistas em aprendizado de máquina, geolocalização, design UX, pesquisa UX e gerenciamento de projetos; eles vão trabalhar para construir uma plataforma de dados abertos para que qualquer entidade possa rastrear a origem geográfica de uma madeira e quais foram as condições de extração;
O Google também doou US$ 1 milhão para a TNC, sendo metade em dinheiro e a outra metade em anúncios gratuitos (cerca de R$ 5,4 milhões).
Em comunicado, o Presidente do Google Brasil, Fabio Coelho, também destacou que a empresa toma como sua responsabilidade ajudar na proteção do planeta. Com a “impressão digital química” das árvores e tendo o conhecimento do ponto de extração, determina-se se é madeira é ou não ilegal. Durante a vida, as árvores absorvem a água e outros elementos químicos, principalmente do solo e acabam apresentando uma composição isotópica semelhante à do local onde vivem. Frineia Rezende, Diretora Executiva da TNC Brasil Os dados comparados serão os de 250 amostras diferentes de árvores nativas, de 20 regiões da Amazônia. (Olhar Digital)