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Uso excessivo de aparelhos eletrônicos impacta o cérebro de crianças e adolescentes



Especialistas indicam que tempo de uso de celulares e outros dispositivos tecnológicos deve ser rigorosamente limitado e supervisionado na infância e na adolescência


Embora esse seja um episódio extremo, especialistas relatam que é possível notar um aumento nas queixas que chegam aos consultórios relacionadas ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos por crianças e adolescentes.


Em artigo assinado para a Planeta Água, o articulista Moacir de Melo faz um alerta bastante pertinente ao assunto ao destacar, por exemplo, que "é na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais". Confira:


A FÁBRICA DE CRETINOS DIGITAIS

Moacir de Melo


O livro do neurocientista francês, Michel Dermuget, “A Fábrica de Cretinos Digitais” - best seller, na França - que ouso e uso para nominar este artigo, mostra-nos, com dados concretos e conclusivos, que através da nossa tão decantada geração digital, os filhos estão tendo um QI (Quociente de Inteligência) inferior aos dos pais pela primeira vez na história da humanidade.


Culpa dos quem? Lógico que é dos pais que ao colocarem um celular nas mãos de uma criança de apenas dois anos de idade (e até menos), e acharem "bonitinho" o que ela é capaz de fazer com os dedinhos, estão, na verdade, afetando seriamente - e para o mal - o desenvolvimento neural dessas crianças. Jovens, da mesma forma.


Acredito e sugiro, então, que é preciso encontrar melhores caminhos possíveis e disponíveis. O escritor brasileiro Coelho Neto (1864-1934), que também foi político e professor, deixou de legado uma frase para a qual os pais de qualquer criança teriam que atentar. E cultivar:


“É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”.


Por sua vez, o físico alemão Albert Einstein (1879-1955), que desenvolveu a teoria da relatividade geral, também interessou-se pelo sucesso das gerações futuras e não deixou por menos quando cunhou:


“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.

Você só desenvolve a imaginação colocando um livro na mão de uma criança”.


Fica evidente que aos pais cabe, portanto, a responsabilidade e o dever de motivar os filhos para a leitura, ao invés de os presentear com um celular de última geração, penso. Ainda dentro desta ótica, colaborou conosco o matemático e escritor Malba Tahan (1895-1974), quando comentou e foi duríssimo:


“A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê”.


Ou seja, é uma pessoa quase surda, muda e cega! Por certo que o hábito da leitura significa o início da educação de qualidade e, exatamente por isso, é de suma importância no seio das famílias. Lamentavelmente, o brasileiro lê muito pouco.


Dez anos atrás, segundo pesquisas, apenas 50% dos brasileiros liam. De lá para cá, com certeza, em decorrência da evolução das redes sociais, onde mais de 80% dos brasileiros estão conectados em tempo integral, o hábito da leitura tem diminuído ainda mais.


Uma pena! Com isso, deixam de obter os muitos benefícios para leitores contumazes: exercício mental, diminuição do estresse, facilidade de comunicação com expansão do vocabulário, conhecimento, melhora da memória, do pensamento crítico, da concentração, diversão com melhora da imaginação, possibilidade de melhor escrever, entre outras vantagens. Nada disso se consegue apenas no celular ou em uma tela de televisão. Ao contrário!...


Lembrando, porém, que a falta de interesse do brasileiro pela leitura é assunto recorrente e vem de longe. Registra a história que, no ano de 1.905, a cidade do Rio de Janeiro tinha 700.000 habitantes e circulavam, semanalmente, 12 jornais e revistas. Num deles, escrevia o poeta Olavo Bilac (1.865-1.918) que, em determinado momento, percebendo que ninguém lia suas crônicas nem as de outros seus colegas jornalistas e que as bancas estavam sempre entulhadas de semanários, em conversas com companheiros articulistas, concordaram entre si: “Se ninguém as lê, lêmo-las nós”. (Confesso que tenho seguido esse conselho de Bilac). Infelizmente, o gravíssimo problema da falta de interesse pela leitura continuou e chegou até nós.


É, pois, missão dos pais e de toda família disseminar o hábito da leitura entre seus descendentes ou, então, terem a convicção plena de que estão criando, indubitavelmente, uma Geração de Cretinos Digitais, com QIs inferiores aos deles próprios. Que tal refletirmos, todos nós, sobre o assunto? Debate aberto!

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