
O titular da Agência Reguladora do Município de Anápolis, Robson Torres, faz um breve relato sobre a triste situação do inconstante fornecimento de água à população da cidade.
Há anos, bairros, vilas e, até mesmo a região central de Anápolis são alertados pela Saneago sobre falta de água nas torneiras. Os avisos diários feitos pelos veículos de comunicação traumatizam famílias prevendo mais uma situação de desconforto provocada pelas interrupções do fornecimento.

Reservatório não sai do papel
Ao fazer o relato, Robson Torres cita diversos dados e fala da necessidade de se construir um reservatório na região do Piancó a exemplo do que ocorreu no Ribeirão João Leite com a implantação da uma barragem reservando água para abastecimento de Goiânia e região metropolitana da capital. Veja o relato do titular da Agência de Regulação de Anápolis:
Vêm a seca e a estiagem e falta água em Anápolis.
Vêm as chuvas e continua faltando água em Anápolis.
Mas o que será que está acontecendo por aqui? Será que somos tão pecadores?
Há dias informamos que não há o menor controle do uso de água nas lavouras na Bacia do Rio Piancó, e em um único dia a vazão reduziu 1/3 prejudicando mais de 100.000 cidadãos anapolinos.
E não era um só caso. Com o uso de drone doado pela Receita Federal do Brasil localizamos várias bombas e constatamos que em um determinado ponto a represa da captação não mais existe água tamanho o desrespeito para com o mais rico manancial da região.
Agora, com a chegada das chuvas, a água bruta apresenta turbidez preocupante a ponto de ser impossível tratá-la provocando a paralisação das operações de bombeamento/tratamento). Foi assim na última terça-feira, 13/10, quando a ETA ficou paralisada entre as 14 h e as 20:05 h, e o abastecimento em Anápolis consumiu o que restava nos reservatórios.

Agora todos entendem porque a ARM luta por reservatórios cada vez maiores, porém, as escolas e hospitais, particulares e públicos, também precisam se adequar a essa nova realidade hídrica do município.
No caso da água turva, sem terraceamento nas áreas da Bacia do Piancó, e sem bacias de contenção, o problema é previsível. A quem cabe tal fiscalização? Aos técnicos que porventura nos leem a turbidez passava de 7.0 u.T! Enfim, com a palavra a SEMAD – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento pois continuamos atentos e ávidos para aprender mais sobre essa realidade que, sob nossa ótica, precisará ser a primeiríssima missão do próximo chefe do executivo anapolino, pois, sem água não há vida.”