
Roubo após canonização
Um grupo venezuelano dedicado a Carlo Acutis denunciou, na sexta-feira (10), o roubo de uma relíquia do santo. O objeto desapareceu da paróquia Santo Domingo de Guzmán, no estado de Mérida, apenas dois dias depois da canonização realizada pelo papa Leão XIV.
Segundo Adrián García, coordenador do Grupo Juvenil San Carlo Acutis, a relíquia era um pequeno pedaço circular de tecido classificado como “de terceiro grau”, ou seja, um item que tocou o jovem santo.
Desaparecimento do relicário
O tecido ficava guardado em um relicário de vidro. No entanto, quando a equipe da paróquia verificou o espaço, já não encontrou o objeto. A comunidade imediatamente comunicou o fato às autoridades policiais, que abriram uma investigação.
Enquanto isso, fiéis relatam indignação e tristeza com o ocorrido. A Igreja Católica também destacou que já havia alertado, em outras ocasiões, sobre a venda ilegal de relíquias de Acutis pela internet.
Caminho até a santidade
A trajetória de Acutis rumo à canonização começou em 2018, quando o Vaticano o declarou “venerável”. Em seguida, em 2020, a Igreja o reconheceu como “beato” depois de confirmar um milagre: a cura inexplicável de uma criança em Campo Grande (MS).
Por fim, em 7 de setembro deste ano, o papa Leão XIV canonizou o jovem durante uma missa campal na Praça de São Pedro, em Roma. O evento reuniu cerca de 80 mil pessoas.
Quem foi Carlo Acutis
Carlo nasceu em 3 de maio de 1991, em Londres, mas cresceu em Milão, Itália. Desde cedo, usou seus conhecimentos em informática para evangelizar. Além disso, criou um site multilíngue sobre milagres eucarísticos. Por essa razão, recebeu o apelido de “Influenciador de Deus”.
Embora tenha morrido de leucemia em 2006, aos 15 anos, continua inspirando jovens católicos em todo o mundo. Relíquias relacionadas a ele circulam entre paróquias de diferentes países. No caso venezuelano, o grupo juvenil já havia solicitado o objeto em 2020, ainda no período da beatificação.