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São Francisco de Assis, o Santo vivo

By Moacir de Melo

Quantos santos foram canonizados pela Igreja Católica? Difícil responder, porque são milhares. Porém, difícil é esquecer Francisco de Assis, o Santo que revolucionou os conceitos de amor com destaque aos pobres e doentes, amor que procurou e poetizou aos animais, à natureza, às coisas do Criador (Sol, Lua e até à morte).

Foi o exemplo maior de doação com espírito cristão. Porém, acredito que ainda que nada tivesse feito de especial em suas andanças em nosso planeta, só sua famosa oração já teria sido suficiente para ser canonizado. Eterna:

“Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz/Onde houver ódio que eu leve a paz/Onde houver ofensa que eu leve o perdão/Onde houver discórdia que eu leve a união/onde houver tristeza que eu leve alegria…”

O que de mais bonito, mais pontual, mais vivo, 800 anos depois da morte de São Francisco do que sua oração? Na verdade, a oração já propunha grandes e radicais mudanças em tempos que os povos primavam pelas lutas por conquistas de terras e espaços e poder. Não era fácil de ser rezada.

Justíssimo foi o poeta e escritor italiano, Dante Alighieri, autor da obra prima considerada poema épico e teológico que unificou o idioma e a escrita da língua italiana, “A DIVINA COMÉDIA,” ao inserir na obra, Canto XI, Paraíso, todos os versos, uma alusão elogiosa sem igual, fortíssima, a um cidadão de nome Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como Francisco de Assis (1182, Assis, Úmbria – 1225) dizendo que ele foi como uma luz que brilhou sobre o mundo. (ch`El cominciò a far sentir la terra/de La sua gran virtute alcun conforto) ou “O Sol, que é Francisco, desde cedo, começou a fazer sentir na terra/algum conforto pela grande virtude.” Leiam.

Aniversariante do dia 04 de outubro, Francisco de Assis, o Santo, é cada vez mais lembrado e celebrado 800 anos após sua morte. É nos dado perguntar quem foi ele? Quem foi este homem franzino, que com suas vestes puídas e um cajado na mão, passou parte de sua vida pregando pelas cidades italianas? Quem foi este homem nascido de família nobre, que experimentou os prazeres da vida e, não se realizando, foi para as frentes de batalhas, abandonou tudo e foi pregar a paz e os ensinamentos cristãos? Quem foi este homem que exaltou o Criador de todas as coisas e toda sua criação, pregou a simplicidade, a humildade, a bondade, a generosidade, a gentileza, a paz enfim; que foi canonizado Santo pela Igreja Católica apenas dois anos após sua morte?

Conta sua história que Francisco tentou ser feliz servindo de várias maneiras. Alistou-se como soldado numa guerra entre cidades italianas, foi capturado e preso por um ano, mas não desistiu. Em 1205, novamente foi para a carreira militar. Não se realizou. Queria algo mais. Teve visões que o convidavam para alguma coisa diferente, como enamorar o que chamou de “Dama Pobreza” com renúncia da vida rica em que vivia. Meio doidão é como o viam. Foi deserdado pelo rico pai; a seguir, com certo escândalo, por abraçar um leproso e dizer que viu Jesus Cristo em seu lugar, inicia sua nobre missão na Terra.

Não é nada fácil e de difícil aconselhamento levar a vida como a levou Francisco. Vida de sofrimento absoluto, pobreza extrema, cuidando de doentes e leprosos. Dante Aliguieri estava certo: Francisco de Assis (SANTO) foi, realmente, uma luz que brilhou para um mundo que sempre primou pela discórdia. E haverá de brilhar eternamente.

Que tal seguir seus ensinamentos, iniciando pela gentileza cotidiana? O Santo afirmava: “Nada é mais forte que a bondade e a gentileza”. De minha parte, afirmo, esforço-me a cada dia para seguir os ensinamentos de São Francisco de Assis. Fica aqui o convite para você, leitor, seguir seus ensinamentos. Aceite e a vida ficará mais leve e melhor.

Moacir de Melo
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