Artigo

“PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES”  

By Moacir  de Melo

No mundo globalizado em que vivemos, com a informação disseminada pelos meios de comunicação, principalmente pelas redes sociais, as políticas públicas populistas de distributivismo, gastanças desordenadas e crescentes sem nenhuma preocupação com quaisquer melhorias do povo e da nação como um todo, principalmente em educação e segurança, já não são suficientes para sustentar lideranças de uma nação no poder.

Sim, com o povo conectado, qualquer nação se desperta rapidamente e exige mudanças e melhorias com foco no futuro. Afinal, assistencialismo via bolsas disto e daquilo já são componentes perenes de políticas publicas do país e já não geram tantas emoções.

Por outro lado, nos tempos atuais, em que impera a competição acirrada, produtividade é a senha para o sucesso para qualquer empresa ou nação e é, também, a única maneira de sair da pobreza. Isto só se consegue com educação, investimentos e inovação, fatores que vão de mal a pior.

O ensino médio brasileiro, não profissionalizante e desestimulante, é um exemplo clássico. De nada adianta distribuir esmolas ou promover ações sociais por um lado, com aumentos sucessivos de impostos por outro, como tem sido o modelo brasileiro há mais de 35 anos, fato que foi acelerado nos últimos 20 anos e que elevou nossa carga tributária para 36% do PIB e a pobreza sempre aumentando país afora.

É urgente acordarmos. É urgente uma nova visão de nossos entes políticos, sem viés ideológico. Até porque é urgente focar naquilo que realmente poderá fazer a mudança futura. É preciso que nossos governantes (Presidente, Governadores e Prefeitos) abram os olhos e decretem como meta principal de ação a Educação de Qualidade para todos. Haja vista que nossas novas gerações, principalmente jovens de 14 a 29 anos, um universo de 11 milhões, que não trabalham e nem estudam porquanto um ensino médio desconectado com as realidades atuais da população de maioria pobre e que não profissionaliza ninguém, concorre para afugentá-los. Resultado disto é que temos baixa produtividade em todos setores da economia e, em função disto, o custo Brasil tem aumentado a cada dia.

Esperar não é saber/quem sabe faz a hora/não espera acontecer” diz a letra da música do cantor paraibano, Geraldo Vandré, título deste artigo. Num tempo que era proibido protestar, o refrão virou hino (anos 1970). A história registra que mudanças só acontecem pela iniciativa das pessoas que compõem a nação. Simples! Por isso, para iniciar as mudanças é preciso reação da sociedade, das pessoas de bem. A omissão é o pior dos males. Omissos, todos seremos cobrados no futuro. Afinal, o que estamos reservando para as futuras gerações? Qual é o nosso legado? Pensemos nisto!

Vamos, pois, fazer nossa parte? Vamos pedir aprovação urgente das normas do novo Ensino Médio em discussão no Congresso Nacional e cobrar implantação urgente nas nossas escolas públicas e privadas? Vamos falar, a todo momento, em educação de qualidade para todos, da necessidade de fazer a virada de um país assistencialista para um país do futuro? Vamos cobrar uma Pátria Educadora? Exemplos de sucessos mundo afora temos de sobra: Coréia do Sul, Singapura, Tailândia, entre outros, foram países pobres que se superaram pela educação.

É hora, também, de dar um basta em nossa polarização política que não nos levará a nada, a não ser mais pobreza para nossa nação. Afinal, somos um povo alegre e tradicionalmente unido e não merecemos nenhuma sectarização ideológica ou política. É hora de acordar para a ação.

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