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EUA anunciam restrição de visto a autoridades estrangeiras: veja quem são os alvos

Medida foi anunciada por secretário de Estado, Marco Rubio. Na semana passada, ele disse ao Congresso dos EUA que poderia sancionar ministro do STF, Alexandre de Moraes.

EUA impõem restrições de visto por censura a cidadãos americanos

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta quarta-feira (28) que os EUA vão restringir a entrada de autoridades estrangeiras envolvidas em ações de censura contra cidadãos norte-americanos. Embora não tenha citado nomes, ele afirmou que a América Latina será um dos focos da medida.

Alvos e justificativas

Rubio explicou que a restrição se aplicará a autoridades estrangeiras que:

  • Tentem prender cidadãos ou residentes dos EUA por postagens feitas enquanto estavam nos Estados Unidos;

  • Façam exigências sobre políticas globais de moderação de conteúdo em plataformas americanas como Facebook, Instagram, WhatsApp e X;

  • Atuem em censuras que atinjam direta ou indiretamente os Estados Unidos.

Além disso, ele destacou que a medida se ampara na Lei de Imigração e Nacionalidade, que autoriza barrar estrangeiros considerados prejudiciais à política externa dos EUA. Inclusive, familiares dessas autoridades também poderão ser afetados.

Alexandre de Moraes na mira

Rubio mencionou ao Congresso que há uma “grande chance” de sanção contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O comentário foi uma resposta ao deputado Cory Mills, aliado de Donald Trump e próximo da família Bolsonaro.

Mills declarou que o Brasil vive um “retrocesso alarmante nos direitos humanos”, e sugeriu que o ex-presidente Jair Bolsonaro corre o risco de se tornar um preso político. Rubio acrescentou que o governo americano poderá usar também a Lei Global Magnitsky, que permite punições por violações de direitos humanos e corrupção.

Investigação sobre Eduardo Bolsonaro

Simultaneamente, Alexandre de Moraes conduz um inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA. O caso foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Desde março, Eduardo está licenciado do cargo e morando nos Estados Unidos. Segundo a PGR, ele tem publicado declarações acusando o STF de perseguição política. Além disso, estaria tentando influenciar o governo americano a sancionar ministros do Supremo.

Paralelamente, Eduardo responde a um processo por difamação contra a deputada Tábata Amaral (PSB-SP) e poderá ser convocado em investigações contra o pai, Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado.

Aproximação com congressistas americanos

Durante este mês, Eduardo Bolsonaro se reuniu com o deputado Cory Mills. O norte-americano elogiou o brasileiro e o chamou de “homem de palavra”. O encontro reforçou os laços entre aliados de Trump e a base bolsonarista.

Lei Global Magnitsky: base para sanções

Criada em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, morto após denunciar corrupção, a Lei Global Magnitsky autoriza o governo dos EUA a sancionar estrangeiros por violações graves de direitos humanos ou corrupção sistemática.

Portanto, se o governo considerar que Moraes viola princípios democráticos, ele poderá ser punido por meio dessa legislação.

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