O calor no estado de Tabasco, no México, está tão intenso que macacos bugios estão caindo mortos das árvores. O biólogo Gilberto Pozo encontrou 83 animais mortos ou moribundos no chão. As mortes começaram no dia 5 de maio, mas o pico aconteceu no último fim de semana.
O número de macacos mortos por causa do calor pode ser bem maior do que 83 —segundo os veterinários, pode chegar a centenas.
Pozo, o biólogo que encontrou 83 macacos mortos, afirmou que eles estavam caindo das árvores “como maçãs”. Os animais tinham desidratação severa e morreram em minutos, segundo ele.
Além dos problemas causados pelo calor, a queda do alto das árvores também foram fatais em alguns casos.
O biólogo Pozo atribui a mortandade a uma soma de fatores:
- Calor extremo.
- Seca.
- Incêndios Florestais.
- Desmatamento (que deixa os animais sem água, sombra e frutas).
Na cidade de Tecolutilla, uma equipe de bombeiros voluntários descobriu cinco animais ainda vivos e os levou em um caminhão até o veterinário Sergio Valenzuela. Os animais estão se recuperando, segundo ele.
Valenzuela disse que os animais estão em condição crítica, pois estão desidratados e com febre. “Eles estavam molengas como tecidos devido à insolação”, afirmou.
Governo federal reconhece o problema
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que soube das mortes pelas redes sociais. Ele até parabenizou o veterinário Valenzuela e disse que o governo vai apoiar a iniciativa para dar assistência aos macacos.
Obrador afirmou que o problema do calor está mais intenso e que a prioridade são os efeitos da onda de temperatura alta para as pessoas.
A média de chuva foi mais baixa no país inteiro neste ano. Os lagos e represas estão secando, e foi preciso usar caminhões-pipa para abastecer hospitais.
A principal rede de mercados do país limitou o número de sacos de gelo que as pessoas podem comprar.