
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado na tarde de terça-feira, 16 de setembro de 2025, no Hospital DF Star, em Brasília, após apresentar um quadro de mal-estar. De acordo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, o episódio incluiu “crise forte de soluço, vômito e pressão baixa”.
A internação ocorreu de forma emergencial, com escolta de policiais penais que vigiam a residência de Bolsonaro no Lago Sul, em Brasília. Até o momento, não há boletim médico oficial divulgado pelo hospital, mas fontes próximas afirmam que ele está consciente e sob observação. A equipe médica de confiança, que o acompanha desde as complicações decorrentes da facada sofrida em 2018 durante a campanha eleitoral, está responsável pelo atendimento.
Contexto e histórico recente
Essa é a segunda hospitalização de Bolsonaro em menos de uma semana. No domingo, 14 de setembro de 2025, ele foi internado no mesmo hospital para um procedimento ambulatorial de retirada de uma neoplasia cutânea (uma pinta no tronco, geralmente benigna, com material enviado para biópsia). Ele recebeu alta no mesmo dia, após autorização judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já que Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto de 2025, em decorrência de condenação a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023. A saída para o hospital atual foi considerada uma emergência, dispensando autorização prévia.
Os sintomas relatados — soluços persistentes, vômitos e hipotensão — são recorrentes desde 2018 e estão ligados às múltiplas cirurgias abdominais que ele realizou após o atentado em Juiz de Fora (MG). A facada, desferida por Adélio Bispo de Oliveira (preso e considerado inimputável), causou lesões graves no intestino delgado e grosso, resultando em aderências intestinais e obstruções parciais. Bolsonaro já passou por seis cirurgias relacionadas, incluindo uma laparotomia de 12 horas em abril de 2025 para liberação de aderências e reconstrução da parede abdominal. Episódios semelhantes ocorreram em junho e julho de 2025, quando ele cancelou agendas políticas em Goiás e outras regiões devido a crises de soluços e vômitos, e em agosto, para exames de rotina por refluxo.
Em abril de 2025, uma internação mais grave por obstrução intestinal o levou a ficar duas semanas no DF Star, com evolução estável, mas sem previsão inicial de alta rápida. Aliados relatam que o ex-presidente tem monitorado o noticiário e mantido contatos por telefone durante recuperações anteriores, mas com limitações de movimento.
Reações e atualizações
Nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), a notícia se espalhou rapidamente a partir das 19h de 16 de setembro (horário de Brasília), com postagens de veículos como CNN Brasil, Folha de S.Paulo, O Globo e Revista Oeste confirmando o ocorrido. O médico Cláudio Birolini, cirurgião que acompanha Bolsonaro desde 2018 e viajou de São Paulo para Brasília em ocasiões anteriores, foi mencionado como parte da equipe, mas não há confirmação de sua presença imediata. Apoiadores se mobilizaram com mensagens de oração e solidariedade, como “Força, Presidente!” e “Orem por ele”, enquanto opositores e perfis satíricos fizeram comentários irônicos, ligando o episódio à condenação recente.
Ainda não há atualizações sobre evolução do quadro ou previsão de alta. O hospital DF Star, localizado na Asa Sul, tem histórico de atendimento a Bolsonaro em 2025, incluindo cirurgias e exames. A prisão domiciliar continua, com monitoramento por tornozeleira eletrônica, e qualquer permanência prolongada pode exigir nova autorização judicial. A situação é acompanhada de perto pela família e aliados, que pedem privacidade.
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