Mobilidade

Donos de Tesla no Brasil formam comunidade exclusiva

Donos de Tesla no Brasil enfrentam desafios e formam comunidade exclusiva

Embora a Tesla ainda não tenha representação oficial no Brasil, o número de proprietários brasileiros dos carros da marca segue crescendo.

Atualmente, o país conta com mais de 280 donos de Tesla, todos conectados no grupo “100% Tesla Club Brasil”, um espaço exclusivo no WhatsApp para trocar experiências, tirar dúvidas e fortalecer a comunidade.

Mesmo em meio a um mercado repleto de opções de veículos elétricos, a Tesla mantém um brilho singular que conquista admiradores no Brasil.

Exemplo para outras montadoras

Considerada por muitos o melhor carro do mundo, a marca norte-americana se consolidou como referência absoluta em inovação, qualidade e desempenho, tornando-se exemplo para outras montadoras que buscam alcançar seu nível.

1º ENCONTRO TESLA OWNERS DO BRAZIL EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ (2022):

Com atualizações de software enviadas remotamente, os Teslas recebem novidades e melhorias praticamente toda semana, mantendo-se na liderança da indústria. Cada modelo combina engenharia precisa, conectividade avançada e recursos pioneiros de condução autônoma, provando que a Tesla não segue tendências, ela as cria.

Entre as barreiras enfrentadas pelos proprietários de Teslas brasileiros está a infraestrutura de carregamento, ainda escassa no país. Além disso, a falta de mapas compatíveis para o Brasil impede o uso pleno do FSD (Full Self-Driving), recurso que permite que o carro dirija sozinho de forma autônoma. Sem mapas locais, o sistema fica limitado a funcionalidades básicas, sem orientação geográfica precisa.

Desafios

Para ter um Tesla no Brasil, o caminho inevitável é importar o veículo, principalmente dos Estados Unidos. Não há vendas oficiais ou lojas da marca no Brasil, o que torna a operação longa e cara: estimativas apontam que o Model 3, modelo mais barato, custa cerca de R$ 500 mil.

A ausência de oficinas autorizadas da Tesla no Brasil transforma qualquer manutenção em uma operação logística. Não existe disponibilidade local de peças de reposição, a menos que conte com o importador oficial do grupo, que reside nos Estados Unidos e se encarrega de enviar as peças em tempo recorde aos clientes. Em anos anteriores, o grupo já organizou a vinda de técnicos estrangeiros para atendimento presencial em São Paulo ou Santa Catarina.

Além disso, entusiastas e especialistas como Mateus, da E-Zeni em Jaraguá do Sul, e Rodrigo, da OnTech Baterias em São Paulo, têm se destacado oferecendo suporte técnico qualificado, ajudando a tornar a manutenção mais acessível e eficiente para os proprietários de Tesla no país. Ainda assim, a alternativa mais ágil segue sendo o envio expresso de peças pelo importador do grupo.

Até meados de 2021, estudos apontavam cerca de 100 donos de Tesla no país, com carros importados de forma independente. Mais tarde, em eventos como o 1º Encontro Tesla Owners Brazil, realizado em Balneário Camboriú, o grupo já contava com 130 proprietários e cerca de 200 carros no Brasil, inclusive trazendo veículos de vários estados para o encontro. Hoje, o número ultrapassa 280, um sinal claro de expansão.

Filho de Daniel Lunelli no quintal de casa

Membros carismáticos da comunidade

Entre as figuras mais carismáticas da comunidade está Daniel Lunelli, empreendedor de Jaraguá do Sul. Até pouco tempo, ele já havia importado mais de 7 veículos da Tesla. Lunelli é conhecido por seu entusiasmo com a marca. Sua paixão foi além das fronteiras: em outubro de 2024, Daniel participou do evento “We, Robot” da Tesla, realizado nos estúdios da Warner Bros. na Califórnia, onde foi anunciado o Robotaxi, serviço de taxi autônomo da marca. Ele esteve acompanhado de Rafael Levy, considerado um dos brasileiros mais experientes quando o assunto é Tesla, conhecedor de cada detalhe dos veículos, sendo referência entre os entusiastas no Brasil. A paixão de Daniel chamou a atenção de Maye Musk, mãe de Elon Musk, e da própria Tesla, com fotos sendo publicadas nos perfis oficiais da marca no Instagram e no X.

Lucimar Campos e Aurélio Rosa no vídeo Mel do Futuro

Outro grande entusiasta da marca é Aurélio Rosa, de Anápolis-Goiás, ex-engenheiro da Tesla que trabalhou por quase 10 anos na montadora na área de produção e testes do Auto Pilot. Filho da apicultora, Lucimar Campos (Florada Fonte de Mel) e do jornalista, Odilon Rosa (Revista Planeta Água), Aurélio já importou quatro carros da Tesla (dois Model 3 e dois Cybertruck), usados por ele e pelos pais no dia a dia de seus afazeres no Planalto Central do Brasil. Sua origem lhe proporcionou uma nova etapa na vida, a de palestrante já conhecido em diversas regiões do país, ministrando palestras como a mais recente, intitulada “Dos Enxames às Estrelas”, versando sobre sua trajetória profissional.

Entusiasmo incansável

O sucesso da Tesla no Brasil também se deve ao entusiasmo de figuras conhecidas que ajudam a inspirar novos admiradores da marca. Entre eles está Breno Masi, sócio do iFood, fundador da PlayKids e do PK XD, jogo que se tornou fenômeno entre crianças, e membro do conselho da OLX. Atualmente morando nos Estados Unidos, Breno já teve Tesla no Brasil e segue dirigindo modelos da marca no exterior, incluindo a Cybertruck. Sua ligação com tecnologia vem de longa data: ele foi o primeiro brasileiro e um dos primeiros no mundo a desbloquear o primeiro iPhone em 2007, feito que chamou a atenção do próprio Steve Jobs.

LUCIMAR CAMPOS E AURÉLIO ROSA NO VÍDEO “MEL DO FUTURO” GRAVADO NESTE MÊS DE JULHO NO CERRADO GOIANO:

A comunidade de donos de Tesla no Brasil é, acima de tudo, um retrato de paixão automotiva com pitadas de rebeldia. Reunindo mais de 280 proprietários, esse grupo enfrenta sozinho os desafios de um mercado sem representação oficial, desde infraestrutura de recarga e GPS até importações, manutenção e logística internacional de peças.

Mesmo fora de rota comercial direta, a Tesla tem um cantinho especial e persistente no coração do Brasil. A comunidade demonstra que, quando a paixão supera as barreiras, sobra inovação. E mesmo sem fábrica, sem assistência e sem mapas funcionando, o poder da aceleração instantânea continua “ecoando” nas estradas brasileiras. (Portal América com participação da Revista Planeta Água).

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