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Argentina reforça segurança em fronteira com Brasil e em locais judaicos

Governo de Javier Milei, aliado de Israel, teme que células do Hezbollah em Foz do Iguaçu possam agir. Na semana passada, Justiça argentina declarou Irã como Estado terrorista e acuso o país de estar por três dos atentados em Buenos Aires na década de 1990.

Diante do aumento das tensões no Oriente Médio, a Argentina elevou o nível de segurança por conta da possibilidade de represálias terroristas por parte do Irã.

O governo de Javier Milei, que declarou apoio a Israel, teme que seu país seja alvo de um terceiro atentado — a Justiça argentina considera que os dois primeiros, na década de 1990, foram feitos pelo Irã

Na segunda-feira (15), o governo argentino formou um comitê de crise que aumentou o alerta de risco de atentados a alvos judaicos e reforçou as fronteiras, principalmente a de Foz do Iguaçu, no Brasil.

O governo argentino também elevou o nível de segurança nas fronteiras com a Bolívia e com a chamada Tríplice Fronteira, segundo confirmou ministra argentina da Segurança, Patricia Bullrich.

O alerta sobre possíveis alvos judaicos pelo país continua, mas agora moderado.

Argentina do lado de Israel

A precaução da Argentina diante de um possível novo atentado está relacionada com a ofensiva do Irã contra Israel, aliado incondicional do presidente Javier Milei.

Milei é o único presidente latino-americano a defender o direito de legítima defesa de Israel. Além disso, na quinta-feira passada, a Justiça argentina declarou o Irã como um Estado terrorista por um crime de lesa humanidade.

Isso permite que autoridades iranianas sejam julgadas em tribunais internacionais.

“O atentado de 1994 em Buenos Aires foi organizado, planejado, financiado e executado sob a direção das autoridades do Estado Islâmico do Irã, no contexto da Jihad Islâmica, e com o envolvimento da organização política e militar Hezbollah”, afirmaram na sentença os juízes da Câmara Federal de Cassação, a instância máxima da Justiça criminal do país.

Tensões no Oriente Médio

No sábado, o Irã atacou pela primeira vez o território israelense, em uma ação com drones e mísseis em retaliação à morte de comandantes iranianos em um bombardeio israelense na semana anterior.

De acordo com o Channel 12, o governo de Benjamin Netanyahu tentará uma ação militar coordenada com os Estados Unidos. Washington, no entanto, já disse que não participaria de um eventual ataque ao Irã.

No domingo (14), um dos membros do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, já havia afirmado que o Irã pagará na hora certa pelo ataque feito ao país na noite de sábado (13).

O que se sabe sobre o ataque do Irã

  • O Irã enviou dezenas drones para atacar o território de Israel no fim da tarde de sábado (13), pelo horário de Brasília.
  • Os drones demoraram horas até chegar ao alvo.
  • No caminho, uma parte dos drones e dos mísseis foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
  • Perto das 20h, as primeiras explosões e sirenes de aviso foram ouvidas em Israel.
  • O serviço nacional de emergência médica de Israel informou que uma menina de 10 anos ficou gravemente ferida, no deserto de Negev, por estilhaços de um artefato para interceptar drones.
  • O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram.
  • Às 19h, ainda antes de os artefatos chegarem a Israel, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado, referindo-se a ele com uma “ação legítima”.
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