O relatório, feito pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB, na sigla inglês), que ficou responsável pela investigação do caso, indica que os parafusos haviam sido retirados e não foram colocados de volta.
A porta que se desprendeu era uma espécie de “tampão” acoplado em uma porta extra construída no Boeing 737. Segundo o NTSB, 171 aeronaves do tipo tinha esse tampão porque as companhias optaram por não utilizar as portas.
O incidente ocorreu há um mês em um voo da companhia Alaska Airlines. O piloto conseguiu fazer um pouso de emergência, e ninguém se feriu, mas um menino pequeno sentado no assento do meio teve a camisa sugada pela força do vento. A criança sobreviveu porque estava com o cinto afivelado.
Desde então, a Agência de Aviação dos Estados Unidos determinou a suspensão temporária do modelo de avião.
Em razão de a porta “falsa” ter sido ejetada, o avião da Alaska Airlines sofreu uma despressurização em voo quando estava em procedimento de subida, a 4.975 metros de altitude, e teve que fazer um pouso de emergência em Portland —cerca de 20 minutos depois de ter decolado do mesmo aeroporto.
Havia 171 passageiros e seis tripulantes a bordo., mas um menino pequeno sentado no assento do meio teve a camisa sugada pela força do vento. A criança sobreviveu porque estava com o cinto afivelado.
A porta que abriu não era utilizada como saída. Por não estar em uso, não estava sinalizada como porta, o que explica alguns passageiros terem relatado que parte da fuselagem ou da parede do avião se abriu no ar.
A reguladora Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) ordenou que ao menos 171 dos 218 aparelhos em circulação do Max 9 permanecessem em terra até concluir sua inspeção nesses aparelhos.
Em 26 de janeiro, porém, a empresa afirmou que iria voltar a usar seus aviões do modelo. Em uma mensagem publicada em seu site, a companhia indicou que com o voo 1146, entre Seatle e San Diego, iniciaria naquele dia o retorno gradual ao serviço de sua frota de 65 aviões 737 MAX 9.
A normalização das operações da frota ocorrerá no início de fevereiro.
Esse modelo já tinha sido suspenso depois de 2 acidentes, em 2018 e 2019, que mataram centenas de pessoas, e só voltou a voar depois que a Boeing solucionou a falha num software na cabine.
A Boeing pagou ao governo americano uma multa de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões), por causa desses acidentes.
A Agência Nacional de Aviação Civil afirmou que as companhias aéreas brasileiras não usam o Boeing 737 Max 9, e que a determinação da agência de aviação americana não tem impacto sobre as operações aéreas no Brasil.