Política

Bolsonaro exalta Musk em ato neste 21 de abril

Em Copacabana, Bolsonaro voltou a pedir anistia para presos do 8 de janeiro

Jair Bolsonaro (PL) usou o ato em Copacabana, no Rio, para dizer que as eleições de 2022 são “página virada” e exaltar Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e seu aliado na queda de braço com o STF (Supremo Tribunal Federal).

Bolsonaro não citou o ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente começou a discursar 1h20 após o início do ato. Na fala de 34 minutos, ele lembrou a facada em 2018, a campanha que o levou à presidência e a suposta perseguição que tem sofrido desde então. “O sistema não gostou dos quatro anos nossos e passou a trabalhar contra a liberdade de expressão”, disse.

“Alexandre de Moraes é uma ameaça à democracia”, afirmou Silas Malafaia, que discursou momentos antes de Bolsonaro. Organizador do ato, o pastor da Assembleia de Deus classificou como arbitrárias várias decisões recentes do ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele classificou o inquérito das fake news, tocado por Moraes.

Ex-presidente pediu salva de palmas para Elon Musk. Ele definiu o empresário como “um homem que teve a coragem de mostrar para onde a nossa democracia estava indo”. A fala é uma menção ao Twitter Files, uma troca de e-mails com veracidade não-confirmada na qual funcionários da plataforma relatam sofrer pressão de autoridades brasileiras para acessar dados sigilosos.

Quando estive com Elon Musk, em 2022, começaram a me chamar de ‘mito’. Eu disse ‘não, aqui sim temos um mito da liberdade: Elon Musk’.

No X, Musk nega agir “a favor ou em desfavor de qualquer candidato”. Em resposta a um tuíte com imagens do ato, ele disse que está só “tentando seguir as leis do Brasil”. Em outro tuíte, afirmou que multidões não foram às ruas defender Moraes “porque ele está contra o desejo das pessoas e, portanto, da democracia”.

Ex-presidente se defendeu de suposto envolvimento na elaboração da chamada ‘minuta do golpe’. Ele repetiu o argumento usado no ato de fevereiro em São Paulo e disse que não poderia mandar um pedido de estado de sítio ao Congresso sem exposição de motivos.

Para Bolsonaro, eleições de 2022 são ‘página virada’. Mesmo assim, ele não poupou críticas a Luíz Inácio, a quem acusou de estar a favor do Irã e do Hamas no conflito do Oriente Médio.

Bolsonaro voltou a defender anistia para envolvidos em 8 de janeiro. “Anistia é algo que sempre existiu na história do Brasil”, disse ele. “Não queiram condenar um número absurdo de pessoas porque alguns erraram invadindo e depredando patrimônio como se fossem terroristas ou golpistas”, afirmou depois.

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