
Evento histórico reuniu autoridades e dezenas de pessoas com deficiência em busca de agilidade na emissão da CNH Especial
A primeira ação da Junta Médica Itinerante do DETRAN Goiás voltada exclusivamente para Pessoas com Deficiência (PCDs) foi realizada nesta quarta-feira, 02/07, em Anápolis. O evento, realizado na Clínica Campstran, marcou o início de um projeto que visa descentralizar e agilizar os processos de habilitação para este público, tradicionalmente afetado por trâmites burocráticos e deslocamentos extensos.

Autoridades e compromissos
O presidente do DETRAN Goiás, Delegado Waldir, reafirmou durante a cerimônia o compromisso da autarquia em “facilitar a tramitação, reduzir custos e otimizar processos para PCDs”. Em declaração relevante, informou estar pleiteando junto ao Governo Federal a redução das taxas para emissão da CNH Especial (e também da CNH convencional) atualmente um dos principais obstáculos financeiros para o segmento. “Estamos empenhados em tornar o acesso à mobilidade mais justo e inclusivo”, afirmou.
A solenidade contou com a presença de Andreia Rezende, presidente da Câmara Municipal de Anápolis, e dos vereadores José Fernandes e Alex Martins, que destacaram as ações legislativas em curso para garantir direitos das PCDs na cidade. Odilon Alves Rosa, representante da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), também marcou presença, reforçando o apoio do setor empresarial à iniciativa.
Serviço itinerante
Segundo Pamela Rezende, fundadora da Resoluta Soluções PCD, os atendimentos ocorrerão uma ou mais vezes mensalmente em clínicas diferentes de Anápolis. O próximo atendimento já está agendado para 25 de julho, com local a ser divulgado. O modelo itinerante busca ampliar o acesso ao exame médico obrigatório para CNH PCD, etapa que frequentemente exigia deslocamento a Goiânia.

Demanda e impacto social
Dezenas de PCDs com processos em andamento no DETRAN compareceram ao evento, evidenciando a demanda reprimida por serviços especializados na região. Relatos informais apontaram dificuldades como custos elevados (inclusive com transporte para exames em outras cidades), morosidade e falta de adaptações físicas e comunicacionais em postos fixos.
PAMELA REZENDE COMENTOU A CONQUISTA DOS ANAPOLINOS:
Contexto nacional
A iniciativa ocorre em um momento de revisão das políticas de mobilidade para PCDs no Brasil. Dados do DENATRAN (2024) indicam que apenas 15% das pessoas com deficiência em idade habilitacional possuem CNH Especial no país — reflexo de barreiras econômicas, burocráticas e de acessibilidade.