Política

Presidente do Paraguai: “Temos um problema de estado”

Presidente do Paraguai exige respeito após suposta espionagem da Abin

Presidente do Paraguai exige respeito após suposta espionagem da Abin

Santiago Peña comentou espionagem que teria sido feita pelo Brasil e destacou que existe um “problema de Estado”, que independe dos governos

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, afirmou, nesta sexta-feira (4), que o país “exige respeito” após o escândalo detonado pela informação de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria espionado seu país.

“Não falei com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem esclareço, tenho uma excelente relação Nós criamos uma grande relação pessoal como chefes de Estado. Mas esse é um problema e é grave, que vai além do Peña ou do Lula, é um problema de Estado”, disse a jornalistas em um ato.

Ferida de guerra

Peña voltou a afirmar que o episódio abre uma velha ferida em relação à Guerra do Paraguai, promovida contra o país no século XIX pelo Brasil, pela Argentina e pelo Uruguai. “O Paraguai ainda não se recuperou do que foi essa guerra fraticida”, disse, sobre o conflito que matou grande parte da população do país.

“Infelizmente essa atitude de um governo, não importa quem era o presidente, se era uma questão externa ou interna, esse é um problema de Estado, e o que nós pedimos é que seja esclarecido.

Ele ressaltou as medidas tomadas por seu governo, de chamar o embaixador em Brasília, Juan Ángel Delgadillo, para consultas; apresentar uma carta para o embaixador brasileiro em Assunção, José Antônio Marcondes, pedindo explicações ao Brasil sobre a espionagem; iniciar investigações sobre a espionagem e os ; e suspender as negociações do Anexo C do tratado da hidrelétrica de Itaipu até que a situação seja esclarecida.

“Estávamos olhando para a China e hoje soubemos que nosso vizinho estava fazendo ações de espionagem contra nós”, disse, sobre as perícias realizadas previamente ao escândalo, após o governo paraguaio receber informação de que sofria ataques de hacker chineses.

Peña disse ainda que a posição do seu governo é “de Estado”. “Não é somente o governo de Santiago Peña, este é o governo do Paraguai que defende os interesses do Paraguai, e o fazemos de maneira respeitosa a outros países, mas também exigimos que haja respeito ao Paraguai”, concluiu.

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