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Plano de Manejo da APA dos Pireneus preocupa moradores de Pirenópolis

"A fauna, a flora e os recursos hídricos de Pirenópolis estão correndo alto risco de destruição"

"A fauna, a flora e os recursos hídricos de Pirenópolis estão correndo alto risco de destruição"

Moradores temem que planos de manejo do Parque e da APA dos Pireneus possam permitir desmatamento imobiliário para a formação de chácaras, assentamentos, ecovilas, condomínios, uso de multipropriedade (Time Share) ou lazer.
“A fauna, a flora e os recursos hídricos de Pirenópolis estão correndo alto risco de destruição nestes últimos meses. Estamos vivenciando um dos momentos mais difíceis até agora, quando gestores municipais e estaduais querem de qualquer forma, afrouxar as regras de proteção ambiental e permitir o uso e ocupação do solo de forma irregular e predatória, com desmatamentos imobiliários para construção de imóveis rurais de qualquer natureza, sejam elas, chácaras, assentamentos, ecovilas, condomínios, uso de multipropriedade, uso por multiresidência ou lazer, etc.”, revelam moradores da histórica cidade.

Como o Plano Diretor elaborado negligentemente não passou, a Semad – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizou no dia 18/08, uma Consulta Pública com os moradores, para apresentação dos Planos de Manejo do Parque Estadual do Pireneus e da Área de Proteção Ambiental dos Pireneus. Nele, muitas propostas apresentadas geraram dúvidas e descontentamento aos presentes.

Durante a reunião, que aconteceu no auditório da UEG, após representante da Semad ler a minuta e apresentar explicações pertinentes ao documento, os moradores puderam opinar e dar suas contribuições ao texto final, que será oficializado depois de 28 de agosto.

O item 3 da minuta do Plano de Manejo da APA dos Pireneus, deixou a maioria indignada. “Neste parágrafo, acrescentado de última hora ao documento, o documento contraria os anseios da população pirenopolina que se preocupa com a preservação da região”, afirmam moradores.

O item acrescido ao Plano de Manejo diz:

“‘As normas específicas da Zona de Uso Restrito

Item 3 – É permitido o uso do solo, em imóveis rurais, decorrente de desmatamento imobiliário, para a formação de chácaras, assentamentos, ecovilas, condomínios, uso de multipropriedade, uso por multiresidência ou lazer, observada a legalização de regência sobre a natureza da ocupação em áreas rurais, mantendo taxa de impermeabilização máxima de 25% da área do imóvel e fração dos lotes não inferior ao módulo rural. Nas áreas de Reserva Legal e remanescentes de vegetação nativa . É permitido o uso de recursos naturais de forma eventual ou baixo impacto”.

Revoltados, os presentes disseram que se o documento for aprovado do jeito que está, com a permissão da ocupação urbana do Morro dos Pireneus, colocará em risco rios e ribeirões, inúmeras nascentes, matas preservadas, sitios arqueológicos, comprometendo toda a região.

A Semad disse que abriu um canal de comunicação onde a população pode contribuir com sugestões e críticas, para finalizarem o documento. Todas as pessoas podem mandar um e-mail com sua com sua opinião sobre o Plano de Manejo do Parque e da APA dos Pireneus.

Todas as nascente localizadas no Morro dos Pireneus correm riscos com a ocupação urbana nos Pireneus. Todos podem se manifestar mandando anexar ao processo os seus pedidos. Enviar para: gap.meioambiente@goias.go.br . 

Fazem parte da APAP: Rio das Almas, Ribeirão do Inferno, Rio Corumbá, entre outros afluentes menores. Estes rios abrigam um potencial hidrelétrico muito importante para o abastecimento de energia da região.

Veja no @pirenopolisonline a opinião de algumas pessoas gravadas durante a Consulta Púbica.

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