Brasil

Impostos, encargos e burocracia matam as empresas

By Moacir de Melo

As razões para a desindustrialização desenfreada que sacrifica nossas empresas em escala crescente não são um mistério. São escolhas erradas, custos insustentáveis e uma inércia política que nos condena ao declínio. Vejamos os fatos:

A guerra fiscal perdida

Como competir com países como o Paraguai, onde o IVA é de apenas 10%, enquanto aqui sufocamos sob 27-28% de carga tributária? Quem cumpre as leis no Brasil paga o preço da asfixia fiscal.

A fábrica sem ferramenteiros

Nosso ensino médio abandonou a profissionalização. Transformamos todos em “universitários” sob o lema “Universidade para Todos”, mas criamos uma geração de “nem-nem” (que nem estuda nem trabalha). Resultado? Falta de técnicos qualificados, produtividade em queda e competitividade no chão.

O custo que mata o salário

Nossa legislação trabalhista, anacrônica e onerosa, faz com que cada R$ 1,00 no bolso do trabalhador custe R$ 2,20 ao empregador. Isso impede melhores salários e desestimula o investimento. É um círculo vicioso de estagnação.

O êxodo em marcha:

190+ Grandes Empresas brasileiras já migraram para o Paraguai.Hoje (26/06/2025), mais uma gigante nacional (Anapolina) abre portas no país vizinho.Grandes nomes do polo farmacêutico de Anápolis estudam fugir para Manaus – atraídos por impostos quase zero – numa luta desesperada por sobrevivência.E o Estado? Inerte e gastador, aumenta custos e incha a máquina, cria mais deputados (e mais gastos), multiplica programas assistenciais (Vale-Gás, Energia, Pé-de-Meia, Bolsas) sem fomentar a produção e insiste em arrecadar cada vez mais para sustentar quem não produz, enquanto quem produz é expulso. É uma cena triste e autodestrutiva. Resultado: O país afunda, o povo, muitas vezes alienado ou omisso, aplaude esmolas.
Mas as empresas votam com os pés: mudam com extrema facilidade. Empresário não é idiota. Este é nosso protesto e nossa tristeza.
Enquanto não encararmos essas verdades cruéis e revolucionarmos nosso ambiente de negócios, o Brasil continuará assistindo, passivo, o desmonte de sua capacidade produtiva e o esvaziamento de seu futuro.

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