
Às vésperas do lançamento da moeda digital brasileira a expectativa e a preocupação com o futuro da economia aumentam e quanto mais informações verídicas forem repassadas aos brasileiros mais fácil será se prevenir contra possíves situações indesejadas por todos. Saiba um pouco mais e prepare-se para a chegada do Drex.
Risco de Controle Estatal Excessivo e Perda de Privacidade
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- O Drex, por ser centralizado e controlado pelo Banco Central, pode permitir que o governo monitore todas as transações financeiras dos cidadãos, comprometendo a privacidade.
- Há preocupações de que o governo possa usar esses dados para implementar políticas de controle social, como restrições de transações com base em comportamentos ou opiniões políticas, semelhantes ao que ocorre com o yuan digital na China.
- Críticos dos setores de direita apontam o Drex como um potencial instrumento de “vigilância estatal” e “censura financeira”.
- A falta de anonimato nas transações, ao contrário de algumas criptomoedas descentralizadas como o Bitcoin, é uma desvantagem para quem valoriza a privacidade.
Exclusão Financeira
- Embora o Drex vise promover inclusão financeira, há o risco de exclusão de pessoas sem acesso à tecnologia necessária (smartphones, internet) ou com baixo letramento digital, como idosos, pessoas com deficiência ou moradores de áreas remotas no Brasil, onde a conectividade é limitada.
- Se o Drex se tornar a única forma de moeda aceita em determinados contextos, essas nações podem ser marginalizadas, agravando desigualdades.
Riscos de Estabilidade Financeira
- Uma adoção em massa do Drex poderia levar a uma corrida bancária, com pessoas transferindo depósitos de bancos comerciais para carteiras digitais do Banco Central, desestabilizando o sistema financeiro.
- A possibilidade de o governo usar o Drex para políticas monetárias não convencionais, como a criação de dinheiro sem restrições, pode aumentar o risco de inflação ou até hiperinflação, especialmente em um contexto histórico de gastos governamentais elevados na América do Sul.
Segurança Cibernética
- Apesar de usar tecnologia blockchain, que é considerada segura, o Drex ainda é suscetível a ataques cibernéticos, especialmente em sua infraestrutura centralizada.
- A dependência de servidores de Big Techs (como AWS) para armazenamento e validação de dados aumenta a vulnerabilidade a falhas ou manipulações externas, além de questões sobre soberania tecnológica.Impacto nos Bancos e Fintechs
- O Drex pode reduzir a relevância dos bancos comerciais e fintechs, já que os cidadãos prefeririam manter seu dinheiro diretamente com o Banco Central, que não apresenta risco de falência. Isso pode desestabilizar o setor financeiro privado, embora o lobby bancário provavelmente garanta adaptações.
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A concorrência com o setor privado pode ser afetada, com o risco de favorecimento de certas empresas por viés político, como subsídios ou restrições a concorrentes.
Possível Extinção de Dinheiro Físico
- Embora o Banco Central afirme que o Drex será um complemento ao dinheiro físico, há temores de que sua adoção em larga escala possa acelerar as substituições totais do papel-moeda, limitando opções para quem depende de transações em espécie.
- Projetos de lei, como o PL 3341/2024, foram apresentados para evitar a eliminação do dinheiro físico, refletindo preocupações com a liberdade econômica.
Risco de Uso para Fins Ilegais
- Apesar da regulamentação, a natureza digital do Drex pode facilitar atividades ilegais, como lavagem de dinheiro, se os mecanismos de rastreamento não forem eficazes.
- Por outro lado, a rastreabilidade pode ser vista como uma vantagem para combater fraudes, mas isso depende da robustez do sistema.
Falta de Clareza sobre Custos e Impostos
- Ainda não há definição clara sobre os custos de transação da Drex, e cada banco poderá estabelecer suas próprias taxas, o que pode gerar desigualdades ou custos inesperados para os usuários.
Desafios de Educação e Adoção
- A acessibilidade do Drex para comerciantes e pelo público em geral exige campanhas de educação financeira, já que muitas pessoas podem não entender como usá-lo de forma segura. A falta de familiaridade pode limitar sua adoção inicial.
- A complexidade tecnológica pode afastar usuários menos familiarizados com carteiras digitais ou blockchain.
Falta de Resolução sobre Privacidade
- Recentemente, o Banco Central admitiu que a questão da privacidade ainda não foi resolvida na fase inicial de testes do Drex, o que aumenta as incertezas sobre a proteção de dados dos usuários.
- Ainda não há definição clara sobre os custos de transação da Drex, e cada banco poderá estabelecer suas próprias taxas, o que pode gerar desigualdades ou custos inesperados para os usuários.
- Projetos de lei, como o PL 3341/2024, foram apresentados para evitar a eliminação do dinheiro físico, refletindo preocupações com a liberdade econômica.
O Drex, a moeda digital brasileira, ainda não tem uma data oficial de lançamento. Atualmente, está na segunda fase de testes piloto, iniciados em 2023, com previsão de conclusão em meados de 2025. O Banco Central do Brasil estima que o lançamento para o público geral ocorra de forma escalada ao longo de 2025, dependendo da maturação das soluções de privacidade e segurança, conforme indicado em testes recentes que indicaram desafios na proteção de dados. Algumas fontes sugerem que a implementação completa pode ser estendida até 2026
Embora o governo prometa maior eficiência, segurança e inclusão financeira com o Drex, os riscos associados ao controle estatal, exclusão digital, instabilidade financeira e dependência tecnológica são questões significativas. A implementação deve ser acompanhada de transparência, regulamentações robustas e mecanismos que garantam a privacidade e a liberdade econômica dos cidadãos. A experiência de outros países, como a China, serve de alerta para os perigos de um sistema centralizado sem garantias adequadas. (Fonte: WEB)