Responsável pelo efeito estufa, a emissão de gás carbônico (CO²) na atmosfera agrava o aquecimento global e provoca mudanças climáticas que impactam a vida humana. De modo geral, os gases emitidos pelos veículos movidos a gasolina ou a diesel são prejudiciais para a saúde do planeta Terra como um todo. Por essa razão, a descarbonização é um assunto presente e cada vez mais inserido na agenda setting dos países.
Sabendo da relevância do assunto, a Toyota saiu na frente e, antes mesmo desta pauta ser discutida mundialmente, a empresa adiantou tendências relacionadas, especialmente, à sustentabilidade. Com o intuito de reduzir impactos socioambientais, a marca levantou a bandeira da neutralização da emissão de carbono ao apostar na eletrificação do seu portfólio. Primeira montadora a oferecer um veículo híbrido flex, a Toyota celebra, em 2023, os quatro anos do lançamento do carro no mercado, além de comemorar uma década da comercialização do primeiro carro híbrido no Brasil. No entanto, o assunto não é uma novidade no seu escopo de atuação, visto que a marca investe em tecnologia para reduzir as emissões e atingir a neutralidade de carbono há mais de 30 anos.
A Toyota comercializa globalmente mais de 20 milhões de automóveis limpos desde 1997, sejam modelos híbridos, híbridos flex, híbridos plug-in, 100% a bateria ou movidos a hidrogênio. Com a montadora, é possível encontrar diferentes tecnologias para atender às necessidades da descarbonização de acordo com a necessidade de cada país Globalmente, a companhia oferece 63 modelos eletrificados e conta com mais de 20 milhões de veículos eletrificados vendidos no mundo, dos quais mais de 19 milhões são híbridos. Ao todo, estima-se que 160 milhões de toneladas de CO² já foram evitadas. “A descarbonização é possível quando você adota uma série de atitudes, como a substituição de combustíveis fósseis por energias renováveis, por exemplo. Precisamos reduzir as emissões agora. E a Toyota já começou esta transição. Adotamos o desafio ambiental 2050, que busca descarbonizar nossos produtos e processos produtivos, reduzindo a zero as emissões de CO2”Rafael Chang, presidente da Toyota no Brasil Por isso, até 2025, a Toyota busca oferecer ao menos uma versão eletrificada do seu portfólio. De acordo com Chang, desde o lançamento do primeiro automóvel híbrido, Toyota Prius, em 1997, a marca não parou na sua missão de ir além das baixas emissões. Essa motivação inspirou a marca para conquistar liderança na tecnologia híbrida.
O posicionamento da marca está em consonância com a Agenda 2030, um plano de ação desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU), adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030. Neste cenário, estão previstas iniciativas mundiais em diferentes áreas, inclusive no que diz respeito a padrões sustentáveis de produção e de consumo, além da busca pela minimização de mudanças climáticas.
O que é um veículo híbrido?
Com um motor de combustão interna movido a gasolina e um motor elétrico capaz de permitir baixas rotações – em alguns casos, até mesmo possibilita que o motor de combustão não funcione –, o carro híbrido é uma excelente opção para quem busca investir menos no abastecimento do veículo sem ter que carregá-lo na tomada. Com essas tecnologias específicas, o automóvel híbrido possui apelos em prol do meio ambiente. Na prática, possui um motor de combustão interna e um motor elétrico, ambos em funcionamento, a fim de reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes. No que diz respeito ao carro híbrido flex, é possível usar tanto o etanol quanto a gasolina e, dessa forma, consegue ser movido por três diferentes fontes de energia. “Os híbridos flex foram desenvolvidos com exclusividade para o mercado brasileiro e são produzidos em nossas fábricas locais, com o objetivo de impulsionar a eletrificação da frota de veículos brasileira. Mais de 55 mil carros eletrificados com a tecnologia híbrido flex já circulam pelo Brasil”, destaca Chang. Além disso, o presidente da Toyota ressalta que parte destes veículos usam baterias menores – entre as diferentes modalidades de eletrificação –, e têm menor custo. Outro diferencial está relacionado à capacidade destes veículos autogerirem a energia, isto é, não precisam ser plugados na tomada. Com isso, chegam a emitir 70% menos de CO² na atmosfera. Segundo Chang, essa medição considera do poço à roda do híbrido flex abastecido com etanol em comparação ao carro convencional abastecido exclusivamente com gasolina. No portfólio, os híbridos flex são considerados líderes de vendas aqui no país. Os automóveis permitem viagens sem emissões em até 60% do tempo de condução na cidade, sem precisar ligar o veículo à corrente para recargas. Já os plug-in, conhecidos como veículos híbridos elétricos recarregáveis, oferecem uma condução com zero emissões e totalmente elétrica até 75 km com um único carregamento. É recomendado para viagens mais longas. A bateria utilizada para alimentar o motor elétrico pode ser carregada por meio de uma tomada.
Destaque no mercado
No mês de maio, a Associação Brasileira dos Veículos Elétricos (ABVE) indicou que os emplacamentos de veículos leves eletrificados no Brasil alcançaram 4.793 unidades em abril, o que representa um crescimento de 53,5% sobre abril de 2022. No ranking, a entidade destacou que o Corolla Cross e o Corolla Altis versão híbrido-flex foram os mais vendidos, ocupando o primeiro e segundo lugar da lista, respectivamente. No âmbito geral, no primeiro quadrimestre de 2023, foram comercializados quase 20 mil veículos leves eletrificados, um aumento de 51% sobre o mesmo período do ano passado.
Até 2050
Para mitigar o impacto ambiental, a Toyota definiu seis desafios para reduzir o impacto no aquecimento global, assim como possibilitar a utilização de recursos naturais de forma mais sustentável. Com as iniciativas, a montadora buscará a implementação destas medidas até o ano de 2050. Conheça as iniciativas adotadas: Emissão zero de CO²: visando reduzir as emissões de CO² dos veículos, a Toyota atua para melhorar a quilometragem dos automóveis motorizados; promover o desenvolvimento de veículos de próxima geração com emissão baixa ou zero de CO² por meio dos híbridos, híbridos plug-in, veículos elétricos e células de combustível; e acelerar a disseminação desses modelos no mercado. Ciclo de vida com emissão zero de CO²: a busca pela redução do CO² a zero envolve, também, todas as formas de emissões presentes na montadora, inclusive nos processos de produção de materiais, no descarte e na reciclagem dos veículos. Emissão zero de CO² nas fábricas: a redução de CO² para conter a mudança climática é considerada um desafio para as fábricas de automóveis. Para mudar essa realidade, a Toyota aposta na melhoria da tecnologia de fabricação e no uso de diferentes formas de energia para simplificar e racionalizar o processo de produção. Minimizar e otimizar o uso da água: para restringir o impacto deste recurso hídrico, a montadora busca reduzir a quantidade de água utilizada e a abrangente purificação de água para a devolução do meio ambiente. Até o momento, a Toyota implementa a coleta de águas pluviais para reduzir a quantidade utilizada pelas fábricas de produção. Sistemas baseados em reciclagem: a empresa fomenta e estimula iniciativas relacionadas à utilização de materiais ecológicos; aumento da durabilidade das peças; e fabricação de veículos a partir de materiais de automóveis usados. Harmonia com a natureza: as empresas do grupo Toyota se envolveram em plantio de árvores nas fábricas, atividades de conservação ambiental nas proximidades das instalações e educação ambiental. Segundo a montadora, as melhorias obtidas até o momento serão utilizadas para promover a atividade em nível de grupo, de região e organizacional. Além disso, a Fundação Toyota do Brasil atua em ações de meio ambiente em todos os biomas para fortalecer esse compromisso.
Desempenho no Brasil
Considerada a maior montadora do planeta, com atuação em 160 países e conhecida pela sua qualidade, inovação e respeito às pessoas e ao meio ambiente, atualmente, a empresa possui quatro plantas no Brasil, localizadas em São Bernardo do Campo; Indaiatuba; Sorocaba; e Porto Feliz. A chegada da Toyota no Brasil é um dos capítulos mais importantes na história da montadora para a sua expansão global. Na região brasileira, foi instalada a primeira operação da empresa fora do Japão, com a produção do modelo Land Cruiser, em 1958. A partir de 1962, a linha de produção foi transferida para a nova planta, em São Bernardo do Campo, para a fabricação do veículo Bandeirante. Já nos anos de 1990, foi a vez do Corolla ganhar as ruas do país com a produção conduzida pela montadora. Na sequência, o destaque foi para as picapes Hilux e SW4, em 2005, por meio do centro de Guaíba, que apesar de não ser o local de produção, é responsável pela distribuição de produtos importados. Em 2012, a sustentabilidade norteou as políticas da empresa e foi a partir deste novo posicionamento no mercado que foi inaugurada, em Sorocaba, a primeira ecofactory do país, projetada para reduzir o máximo de impacto da produção no meio ambiente, onde são produzidos os modelos Etios, Yaris (hatch e sedan) e Corolla Cross. Seguindo o caminho da inovação, em 2014 foi lançada a fábrica responsável pela produção de motores, em Porto Feliz. Atualmente, com mais de seis mil colaboradores, o território brasileiro conta com 300 concessionárias. Na última década, a Toyota investiu R$ 6 bilhões para fomentar os negócios locais. De acordo com Chang, a marca realiza exportações significativas para mais de 22 países, com grande destaque na produção dos carros Etios, Yaris, Corolla e Corolla Cross. Para a empresa, os próximos passos incluem fortalecer produtos e serviços alinhados com as demandas ambientais, seja diretamente por meio de suas ações ou de ações em parceria com sua cadeia de valor. (Correio Braziliense – jornalista Gabriella Collodetti)