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Acadêmicos de Direito visitam o Complexo Penitenciário da Papuda

Acadêmicos de Direito da UniEVANGÉLICA realizam visita técnica ao Complexo Penitenciário da Papuda

Os acadêmicos do curso de Direito da Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA) participaram, nesta terça-feira (2 de dezembro), de uma visita técnica ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

A atividade, conduzida pelos professores Adriano Gouveia e Camila Rodrigues de Souza Brito, integra a disciplina de Direito Penal – Execução Penal e tem como objetivo aproximar os estudantes da realidade do sistema prisional brasileiro, estimulando reflexão crítica e formação humanizada.

Localizada em Brasília, a Papuda é um dos maiores complexos penitenciários do país e abriga pessoas privadas de liberdade em regime fechado, semiaberto e provisório. Sua estrutura funciona como uma verdadeira cidade prisional, composta por cinco unidades: o Centro de Detenção Provisória (CDP), o Centro de Internamento e Reeducação (CIR) e as Penitenciárias do Distrito Federal I e II (PDF I e PDF II).

A Papuda e a visita

A origem do nome “Papuda” remonta ao século XIX e faz referência a uma mulher negra escravizada que vivia na região e sofria de bócio, um inchaço no pescoço conhecido popularmente como “papo”. Com o tempo, o apelido associado a essa figura tornou-se a denominação oficial da área onde seria instalado o complexo penitenciário.

Durante a visita guiada, os estudantes da UniEVANGÉLICA puderam conhecer setores produtivos como a padaria, responsável pela fabricação de pães que abastecem todo o complexo, e o espaço de costura, onde detentos recebem capacitação profissional e produzem peças tanto para uso interno quanto para projetos sociais.

A professora Camila Rodrigues, supervisora do NAC Direito, destacou que a instituição goiana foi recebida de forma especial pela administração local, por ser a primeira visita oficial de uma universidade fora do Distrito Federal. Ela explicou aos alunos aspectos estruturais da Papuda, descrevendo como o complexo se organiza em múltiplos blocos, cada qual destinado a um perfil específico de preso, e reforçou que o local surpreende pela organização, limpeza e receptividade dos servidores. Para ela, a experiência teve impacto significativo na formação dos estudantes e até mesmo na compreensão sobre carreiras emergentes ligadas ao sistema penitenciário. Em sua fala, afirmou:

“O Complexo Penitenciário da Papuda é como se fosse uma cidade penitenciária, com diversos blocos e uma organização que surpreende quem não conhece essa realidade.”

Entre os estudantes, a percepção geral foi de aprendizado prático e ampliação de horizontes. A acadêmica do 3º período, Cecília Melo Costa, relatou ter sido positivamente impactada pela forma como foram recebidos e pelo cuidado observado em todas as áreas visitadas. Segundo ela, ver de perto o funcionamento interno da Papuda permitiu desconstruir estereótipos sobre ambientes prisionais e evidenciar a importância de iniciativas de ressocialização. “Esse contato me permitiu ampliar a visão a respeito da importância da ressocialização das pessoas privadas de liberdade, lá eu pude ver como eles se preocupam em incentivar e dar oportunidade para os detentos se reerguerem”, destacou

Para a estudante Helloyse Maria F Rodrigues, também do 3º período, a vivência também contribuiu para confirmar rumos profissionais e aprofundar reflexões sobre direitos humanos aplicados ao cotidiano prisional. A visita, segundo ela, revelou uma realidade muito diferente do imaginário coletivo e trouxe elementos concretos para reforçar seu interesse pela carreira pública. “Acredito que além da matéria de Direito Penal, vimos na prática também os Direitos Humanos sendo empregados.”, afirmou.

A visita à Papuda reforça o compromisso da UniEVANGÉLICA com uma formação jurídica crítica, humanizada e alinhada às demandas reais da sociedade, promovendo vivências que ampliam o olhar dos futuros operadores do Direito sobre a dignidade e os direitos das pessoas privadas de liberdade.

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