“A gravidade da censura e o grau em que as próprias leis do Brasil estão sendo violadas, em detrimento de seu próprio povo, são as piores de qualquer país do mundo onde esta plataforma opera”, escreveu em sua conta no X, antigo Twitter.
Nesta semana houve uma escalada do embate entre Musk e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário, que é dono do SpaceX e o X, acusou o magistrado de censura e cerceamento da liberdade de expressão no Brasil, sugeriu o impeachment dele e disse ainda que Moraes mantém o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma “coleira”.
A “queda de braço” entre os dois chegou a ser repercutida pela imprensa internacional. Musk ainda sugeriu que a plataforma iria desobedecer às ordens do ministro do Supremo e desbloquear perfis no X, uma vez que, na avaliação dele, ferem à liberdade de expressão.
Essa ofensiva fez com que Moraes incluísse Musk no inquérito das milícias digitais e determinasse a investigação dele em um outro inquérito por obstrução de Justiça. O magistrado ainda estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para cada perfil bloqueado judicialmente que for reativado pela plataforma.
Após isso, o dono do X convidou o ministro para um “debate aberto” para falar sobre determinações do Judiciário que suspenderam contas de integrantes do Congresso, como o deputado federal Daniel Silveira, e de jornalistas da plataforma.
Já em publicações na noite de quarta-feira (10) e na madrugada desta quinta-feira, ele repercutiu o caso ao comentar durante uma transmissão ao vivo de deputados federais brasileiros na rede social. “Nossa preocupação no X é que estamos sendo pedidos pela Justiça para fazer coisas que são ilegais”, disse em um dos momentos.
Ele voltou a chamar o ministro de “ditador” ao concordar com uma fala do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) de que Moraes ordenou que o X deveria censurar publicações e perfis de direita no Brasil. Em outro momento, o empresário concordou com Luiz Philippe de Orléans e Bragança que afirmou que a plataforma é a única que se recusa a “violar a lei”.