Educação

O futuro do Brasil começa nas salas de aula

Por Fabio Oscar Lima | Professor, Escritor e Filósofo.

A vida das pessoas, em certo sentido, começa na escola. É lá que, ainda crianças, fazemos as primeiras amizades, enfrentamos os primeiros conflitos e descobrimos um mundo muito maior do que o ambiente doméstico. Ao sair de casa, embarcamos em uma jornada de descobertas que transformará a nossa existência para sempre. A escola nos convida a explorar, crescer e, inevitavelmente, nos torna pessoas diferentes daquelas que éramos antes de pisar em seus corredores e salas de aula.

O primeiro dia de aula é, sem dúvida, um marco. Para crianças, pais e professores, ele traz desafios únicos. Afinal, é sempre um mistério como cada criança reagirá a esse ambiente tão novo. Mas o fato é que a escola se tornará parte da vida de um indivíduo por muitos anos, a desde a infância, adolescência e juventude, essa instituição inaugura um processo de aprendizado que vai além dos livros, ali são produzidos conhecimentos que são para a vida inteira. Todos temos memórias da época escolar, o som da campainha anunciando o intervalo, os colegas de turma, os professores que nos marcaram, os jogos, as merendas, as listas de material escolar e, claro, as formaturas.

Muitas vezes, é somente na vida adulta que percebemos o quanto esse período foi especial e único em nossa existência. O maior legado da educação, como costumo dizer, é o conhecimento. Ele é um bem de valor inestimável, seja na educação básica ou mesmo mais adiante no ensino superior.

Contudo, em tempos recentes, observa-se uma preocupação exagerada em relação ao diploma em detrimento da busca genuína pelo saber. O conhecimento, no entanto, é a chave que abre portas e amplia horizontes.

Ele nos liberta da ignorância, nos apresenta a riqueza da História, da literatura, da ciência, da cultura e da arte, e nos convida a compreender o mundo, e a nós mesmos de maneira mais profunda. Na atualidade, é inegável que a educação no Brasil enfrenta desafios significativos. Um equívoco recorrente da sociedade é colocar a culpa pelas mazelas educacionais exclusivamente sobre os ombros dos professores. É preciso lembrar que não são os docentes que formulam as políticas públicas, nem que decidem os rumos da educação.

Essa responsabilidade recai sobre as autoridades, gestores e legisladores, que quando falham em suas funções, por serem inacessíveis pela população, muito dificilmente serão cobrados pelas consequências dos seus erros e decisões equivocadas.

Há que se considerar que ainda mais preocupante é o crescente desrespeito por parte de alguns pais em relação aos professores. Nos últimos anos, episódios de agressividade e até violência contra esses profissionais têm se tornado frequentes em todas as partes deste país. Tal comportamento é não apenas injusto, mas também desumano.

Não podemos esquecer que os professores são seres humanos, são pais, mães, avós que lutam diariamente pelo sustento das suas famílias, e também são trabalhadores essenciais, cuja dedicação vai muito além do que as condições permitem. Apesar das adversidades, eles continuam desempenhando seu papel social com coragem, força de vontade e determinação.

A escola, em parceria com a família, é um dos pilares da construção da sociedade em que vivemos, além da formação intelectual, ocorre a formação de valores éticos e princípios morais que serão úteis desde a fase infantil até a fase adulta. O futuro do Brasil começa nas salas de aula de hoje, por isso, é preciso, mais do que nunca, valorizar e apoiar aqueles que se dedicam nesse trabalho que não é nenhuma missão ou sacerdócio, mas que faz parte da vida de mulheres e homens que escolheram dedicar a sua vida ao ensino.

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