A empresa de Elon Musk quer autorização para adicionar mais 7,5 mil novos dispositivos de segunda geração que, segundo as informações divulgadas, atuam com melhor performance e eficiência se comparados aos equipamentos da geração anterior.
O processo de aprovação não deve ser tão simples, uma vez que a agência brasileira precisa analisar o cenário com bastante cautela. Isso porque há risco de interferência em outros sistemas de telecomunicações que operam exatamente na mesma faixa de radiofrequência dos Starlink GEN2.
Os satélites da companhia norte-americana trabalham em diferentes bandas de frequência (Ka, Ku e E) e, por este motivo, a operação demanda a exploração de mais faixas de radiofrequência, de 71 GHz a 76 GHz e 81 GHz a 86 GHz.
Starlink no Brasil
A Anatel vai ouvir as considerações da sociedade civil, especialistas e até de empresas concorrentes sobre as implicações da expansão da rede de satélites de baixa órbita da Starlink. De acordo com informações da agência, a consulta pública ficará aberta até o dia 31 de julho.
A Starlink já tem autorização para atuar no território brasileiro desde 2022, oferecendo serviços de internet via satélite. A atual concessão da companhia, que permite a operação dos mais de 4 mil equipamentos em órbita, é válida até 2027.
O objetivo da empresa é oferecer serviços de internet para regiões com baixa cobertura de banda larga por meio de outras tecnologias, como cabo, fibra óptica ou rádio, por exemplo. Isso por serem distantes dos grandes centros urbanos ou que tiveram as redes de telecomunicações impactadas por desastres naturais ou conflitos armados. A região da Amazônia, por exemplo, foi uma das principais beneficiadas com a chegada da empresa ao país.