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Em viagem à França, Biden tenta reforçar aliança com europeus diante de ameaça de Trump

Presidente dos EUA chegou a Paris nesta quarta (5) para participar das celebrações pelos 80 anos do Dia D. Líderes de países como Hungria e Itália mostram apoio a Donald Trump.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira (5) à França para participar das cerimônias de celebração dos 80 anos do Desembarque dos Aliados nas praias de Normandia, que também servirão para uma manifestação de apoio à Ucrânia contra a Rússia.

Biden participará na quinta-feira (6), nas praias da Normandia, das cerimônias de aniversário do “Dia D”, ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, do rei Charles III da Inglaterra, do chanceler alemão Olaf Scholz, do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, do presidente italiano Sergio Mattarella e do presidente ucraniano Volodimir Zelensky.

Em 6 de junho de 1944, o “Dia D”, 156 mil soldados e 20 mil veículos chegaram às praias da Normandia, onde os nazistas, que sob as ordens de Adolf Hitler ocuparam a Europa ocidental, não os aguardavam.

A operação titânica contribuiu decisivamente para o fim da Segunda Guerra Mundial em território europeu em 1945 com a Alemanha nazista, que estava encurralada entre duas frentes: Atlântico, ao oeste, e União Soviética, ao leste.

Apesar do preço muito elevado que a União Soviética pagou na vitória final (27 milhões de mortes entre civis e militares), o presidente russo, Vladimir Putin, não foi convidado, ao contrário do que aconteceu há 10 anos, devido à invasão da Ucrânia, iniciada em 2022.

Macron, para quem a ofensiva russa representa uma ameaça existencial para a Europa, espera que a comemoração do desembarque aliado também sirva para expressar o apoio das potências ocidentais à Ucrânia.

Durante a viagem à França, Zelensky pretende abordar, com Biden e Macron, as necessidades do seu país na guerra. A Ucrânia também será um tema de discussão da visita de Estado do presidente americano, no sábado, a Paris.

– “Vencemos a guerra” -Os convidados mais ilustres das cerimônias de recordação do Dia D serão os veteranos da Segunda Guerra Mundial: as autoridades francesas aguardam quase 200 combatentes do conflito, com idades que superam 90 anos e, em alguns casos, 100.

A esposa do presidente francês, Brigitte Macron, deu as boas-vindas aos primeiros veteranos que chegaram à região da Normandia. Ela expressou “o mais profundo respeito e o mais profundo amor” da França, em um vídeo publicado na rede social X.

“Fico feliz porque vencemos a guerra”, disse um deles. “Oh, sim, venceram”, ela respondeu em inglês, apertando a mão do veterano.

O desembarque das forças aliadas, apoiado por operações aerotransportadas que lançaram tropas de paraquedas diretamente no solo ocupado, foi a maior operação naval da história em número de navios mobilizados e tropas participantes.

O “dia mais longo”, como passou a ser conhecido, marcou o início do fim da ocupação nazista da Europa – mas ainda foram necessários meses de combates intensos e violentos antes da vitória sobre o regime de Hitler.

Durante os três dias de cerimônias, Macron prestará homenagem às vítimas francesas da ocupação nazista, incluindo 70 membros da Resistência Francesa executados pelos alemães na prisão de Caen, na Normandia.

Na quinta-feira, dia do 80º aniversário, os líderes comparecerão a cerimônias nacionais nos cemitérios de guerra da costa da Normandia e a um evento internacional previsto para a praia de Omaha.

Na sexta-feira, Biden fará um discurso em Pointe du Hoc – um promontório no topo de uma falésia cujos bunkers alemães foram atacados pelas tropas americanas em um ataque ousado – sobre a defesa da liberdade e da democracia.

Macron também discursará no mesmo dia em Bayeux, a primeira cidade francesa libertada da ocupação nazista.

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