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Governo recua sobre veto a trabalho em feriado

Recuo se deu após pressão da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços

Pressionado por empresários e pela Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, o governo recuou nesta quarta-feira de portaria que vetava o trabalho aos domingos e feriados sem acordo coletivo e sem uma legislação municipal específica. Nota do Ministério do Trabalho informou que a medida baixada no dia 13 deste mês vai ter uma nova redação e passará a vigorar só em 1.º de março do próximo ano. Com isso, a portaria anterior, assinada em 2021, volta a valer. Por ela, trabalhadores de 14 categorias de comércio e serviços podem ser convocados para dar expediente sem que haja acordo prévio entre patrões e funcionários.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou em entrevista coletiva que houve “confusão” sobre a norma editada pelo ministério. Segundo ele, não havia mudança em relação ao trabalho aos domingos. Segundo ele, houve “muita desinformação em torno do assunto”. “O intuito é valorizar o espírito da negociação coletiva”, afirmou o ministro. Ele disse ainda que estranhou o fato de os trabalhadores não terem questionado a constitucionalidade da portaria anterior.

Pressão do Legislativo

A decisão do governo ocorreu após a Câmara aprovar a urgência para votação de projeto de decreto legislativo que revogava a norma editada pelo Ministério do Trabalho. Com o movimento, o texto poderia ir à votação sem passar por comissões.

O presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços, deputado Domingos Sávio (PL-MG), ameaçava votar no final do dia o projeto. “Se não revogar, a nossa disposição é votar hoje (ontem)”, afirmou ele, após encontro com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Antes da entrevista coletiva, Marinho teve uma reunião com representantes dos empresários e trabalhadores para discutir o tema. De acordo com o ministro do Trabalho, até a entrada em vigor da portaria do ministério “haverá um grupo tripartite de negociação para a construção do acordo nacional, de preferência, de convenção nacional”. “Até lá (1.º de março de 2024), vamos negociar. Pode ser que o texto fique igual, pode ser que seja alterado”, afirmou Marinho.

O ministro disse também ter achado “estranho” a agilidade dos deputados em tentar sustar a portaria “quando demandas importantes da sociedade demoram para serem atendidas”.

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