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Maduro afirma que bases militares dos EUA foram instaladas em área disputada com Guiana

Presidente venezuelano disse que norte-americanos preparam uma escalada contra o país. Maduro promulgou lei que cria província da Venezuela em território da Guiana.

O presidente da VenezuelaNicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira (3) que “bases militares secretas” dos Estados Unidos foram instaladas em Essequibo, uma região rica em petróleo que Caracas disputa com a Guiana.

Segundo Maduro, as bases foram concebidas “para preparar agressões às populações do sul e do oriente da Venezuela, e para se preparar em uma escalada contra a Venezuela”.

Maduro promulgou, nesta quarta, a Lei Orgânica para a Defesa da Guiana Essequiba. O texto foi redigido depois de um referendo, realizado em dezembro de 2023, para ratificar a soberania sobre o território reclamado pela Venezuela há mais de um século.

A lei contemplava a criação do estado de Guiana Essequiba, que deve ser governado da cidade de Tumeremo. O município fica no estado venezuelano de Bolívar, a cerca de 100 quilômetros de Essequibo.

“O presidente Irfaan [Ali] não governa a Guiana. A Guiana é governada pelo Comando Sul, a CIA e a ExxonMobil, e não estou exagerando. Controlam o Congresso, dois partidos que fazem maioria, governo e oposição, controlam totalmente as forças de defesa guianesas, as forças policiais”, disse Maduro.

Após a aprovação da lei, em 21 de março, a Guiana expressou “grave preocupação” ao considerar que incorre em uma “violação flagrante de sua soberania”.

A disputa centenária pelo Essequibo recrudesceu em 2015, após a descoberta de reservas petrolíferas pela companhia americana ExxonMobil.

As tensões, que suscitaram preocupação regional por uma eventual escalada, se acentuaram após o referendo.

Duas semanas depois da consulta, os presidentes Ali e Maduro se reuniram em um primeiro tête-à-tête, no qual ambos os governos concordaram em não realizar ameaças, nem utilizar a força para resolver a disputa.

Em março deste ano, Maduro e Ali participaram de um encontro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em São Vicente e Granadinas, onde o venezuelano insistiu em uma “solução pacífica”.

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